Executivo promete construir uma Siderurgia em Angola


Executivo promete construir uma Siderurgia em Angola

Executivo promete construir uma Siderurgia em Angola

Executivo promete construir uma Siderurgia em Angola


Luanda - Angola poderá estabelecer uma indústria siderúrgica nacional, cuja principal meta será agregar valor ao minério de ferro extraído em seu território.


Essa proposta para desenvolver esse projeto industrial foi apresentada pelo Presidente da República, João Lourenço, na última sexta-feira em Moçâmedes, na província do Namibe, durante a cerimônia de inauguração dos novos terminais de contentores e mineraleiro do porto local.


De acordo com o JA Online, o Chefe de Estado informou que a criação do novo terminal mineraleiro no Porto do Namibe não visa apenas a recepção de minérios vindos das províncias interiores do país, incluindo Huíla, Cubango, Cuando e Namibe, mas também será fundamental para a implementação dessa indústria siderúrgica nacional.


“É com satisfação que anuncio que Angola, especialmente a província do Namibe, está progressivamente se equipando com novas infraestruturas de grande relevância. Agora, temos um terminal de contentores moderno e um terminal mineraleiro em Sacomar, onde pretendemos não apenas receber minérios de diversas regiões, mas também desenvolver um projeto industrial para a construção da siderurgia nacional”, destacou o presidente.


Ele ressaltou que a siderurgia terá como objetivo agregar valor ao minério de ferro extraído, não apenas das minas de Cassinga, mas de qualquer outra localidade onde seja possível realizar a exploração desse minério.


O Presidente da República mencionou que o Projeto Integrado de Desenvolvimento da Baía de Moçâmedes, que inclui os novos terminais de contentores e o mineraleiro de Sacomar, abrange também a revitalização da Marginal da Baía do Namibe.


“Assim, em alguns anos, a cidade de Moçâmedes terá uma aparência totalmente renovada, moderna, com infraestruturas que certamente contribuirão para o desenvolvimento econômico da província e do país como um todo”.


Com a abertura dos dois terminais, o Chefe de Estado destacou que o próximo passo será integrar essas instalações a outros modos de transporte, incluindo rodoviário e ferroviário, enfatizando a importância da conexão do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes com a nova infraestrutura portuária.


“Acredito que o ministro já mencionou o início do processo de concessão do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes. Portanto, essa integração será feita no âmbito dessa concessão para permitir que um operador privado possa gerir o ferrovia”, explicou.


Outro aspecto que requer a atenção do governo, conforme afirmou o Presidente, é a cabotagem (transporte de carga por via marítima entre os portos do mesmo país), uma demanda levantada por muitos empresários do Namibe que atuam nesse setor.


João Lourenço destacou que essa questão é uma preocupação do Ministério dos Transportes, que tem investido nos últimos anos na integração das diversas cidades costeiras com os portos.
Considerando os investimentos realizados nas instalações portuárias do país, é lógico que haja uma conexão entre elas, permitindo que a cabotagem distribua cargas de uma região para outra.


“As mercadorias podem ser transportadas do Sul para o Lobito, depois do Lobito para Luanda, seguindo para o Soyo e, por fim, para Cabinda. A preocupação dos empresários é totalmente válida. O ministro dos Transportes está presente e ouvindo, e eu reconheço que a cabotagem entre Luanda e Cabinda já é uma realidade. No entanto, é fundamental expandir essa cobertura para toda a costa, e não concentrar apenas no Norte do país.” Ele enfatizou que a costa marítima é extensa, com aproximadamente 1.600 quilômetros.


Ele destacou que a construção dos novos terminais serve como um suporte aos empresários, que enfrentam os mesmos desafios ao tentar impulsionar suas operações.


“Não há suporte mais significativo do que este”, por isso, ele instou a classe empresarial a se esforçar e não esperar por ajuda constante. “Existem concorrências entre eles; alguns têm melhores resultados, enquanto outros não têm tanto sucesso. A vida no setor privado é assim. Quem entra no mercado privado deve estar ciente dos riscos e se empenhar para se destacar dos demais para alcançar êxito.”

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